quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Era um vez ...


Era uma vez uma menina tão linda...
Seus olhos tão negros como as trevas, porém tão brilhantes como a luz do sol
De um sorriso tão doce como o mais puro mel... 
Mas de certa forma tão mortal como a lança que perfurou Jesus...
Era uma menina inocente e indefesa, era eu...
Sinto saudades dela sinto saudades de poder sentir-me livre, viva, de correr por ai como se nada mais importasse, andar sem camisa sem sutiãs pra apertar-me, sufocar-me como um bicho arredio...

Sinto não poder sentir-me mais, pois estou tornando-me insensível, insensata... Tão obvia...
É estou me tornando adulta...  Agora sim descobri o porquê de tantas queixas sempre que diziam: oh, como era bom ser criança... Blá, blá, blá!

Era eu uma criança, e hoje me dei conta que sou uma mulher de corpo formado e pensamentos idealizados, ou quase isso.

Parece ate que dez anos se passaram em uma única semana que jamais esquecerei...
Uma vida toda de sonhos e ilusões de repente se acaba, por “simples” decepções amorosas, físicas e emocionais, isso deve ser a tal crise de adolescência que todos falavam...
Até ontem eu queria que o mundo ficasse dentro de uma caixinha e fosse só meu, todo meu...
(o egoísmo infantil tão ingênuo e doce).
E hoje vejo como era e de certo ainda sou imatura me impunha em tudo não ouvia nem aceitava, simplesmente questionava tudo e todos, hoje aprendi a lutar contras meus medos a aceitar as coisas podendo assim forma idéias... Me forma como ser...  Daqui a 15 dias faço 15 anos e não sei ainda o que me tornei ao certo, uma adolescente ou uma mulher?! ... Talvez as duas,mas, é sempre bom dizer que ainda sou uma criança que tem esperança de ser bem mais que isso ...

Uma jovem de corpo e alma que canta, clama, chama por liberdade, amor e paz (será que sou uma hippie?¿)... Alguém com vontades incompletas, desejos imaturos e caras indiscretas... Uma menina que diz estar triste mesmo sem estar...