Era uma vez uma
menina tão linda...
Seus olhos tão negros
como as trevas, porém tão brilhantes como a luz do sol
De um sorriso tão
doce como o mais puro mel...
Mas de certa forma tão mortal como a lança que
perfurou Jesus...
Era uma menina
inocente e indefesa, era eu...
Sinto saudades dela
sinto saudades de poder sentir-me livre, viva, de correr por ai como se nada
mais importasse, andar sem camisa sem sutiãs pra apertar-me, sufocar-me como um
bicho arredio...
Sinto não poder
sentir-me mais, pois estou tornando-me insensível, insensata... Tão obvia...
É estou me tornando
adulta... Agora sim descobri o porquê de
tantas queixas sempre que diziam: oh, como era bom ser criança... Blá, blá,
blá!
Era eu uma criança, e
hoje me dei conta que sou uma mulher de corpo formado e pensamentos
idealizados, ou quase isso.
Parece ate que dez
anos se passaram em uma única semana que jamais esquecerei...
Uma vida toda de
sonhos e ilusões de repente se acaba, por “simples” decepções amorosas, físicas
e emocionais, isso deve ser a tal crise de adolescência que todos falavam...
Até ontem eu queria
que o mundo ficasse dentro de uma caixinha e fosse só meu, todo meu...
(o egoísmo infantil tão
ingênuo e doce).
E hoje vejo como era
e de certo ainda sou imatura me impunha em tudo não ouvia nem aceitava,
simplesmente questionava tudo e todos, hoje aprendi a lutar contras meus medos
a aceitar as coisas podendo assim forma idéias... Me forma como ser... Daqui a 15 dias faço 15 anos e não sei ainda
o que me tornei ao certo, uma adolescente ou uma mulher?! ... Talvez as duas,mas, é sempre bom dizer que ainda sou uma criança que tem esperança de ser bem
mais que isso ...
Uma jovem de corpo e
alma que canta, clama, chama por liberdade, amor e paz (será que sou uma
hippie?¿)... Alguém com vontades incompletas, desejos imaturos e caras
indiscretas... Uma menina que diz estar triste mesmo sem estar...